domingo, 12 de maio de 2013

Profissão mãe


Arrumando o computador, achei esse texto em momento muito oportuno, o dia das mães. Aproveito para publicá-lo e assim homenagear estas belas mulheres, especialmente a minha mãe - mainha - e minha irmã, mãezonas! Obervação: o texto não é meu e eu não sei de quem é. Tendo dito isto, desejo boa leitura!

QUAL É A SUA PROFISSÃO?
     Uma mulher chamada Ana foi renovar sua carteira de motorista. Pediram-lhe para informar qual era sua profissão. Ela hesitou, sem saber como se classificar.
     - O que eu pergunto é se tem algum trabalho - insistiu o funcionário.
     - Claro que tenho um trabalho - exclamou Ana - Sou mãe!
     - Nós não consideramos mãe um trabalho. Vou colocar dona de casa - disse o funcionário friamente.
     Não voltei a lembrar-me desta história até o dia em que me encontrei em situação idêntica. A pessoa que me atendeu era obviamente uma funcionária de carreira, segura, eficiente, dona de um título sonante.
     - Qual é a sua ocupação? - perguntou.
     Não sei o que me fez dizer isto. As palavras simplesmente saltaram-me da boca para fora:
     - Sou doutora em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas.
     A funcionária fez uma pausa, a caneta de tinta permanente a apontar para o ar, e me olhou como quem diz que não ouviu bem. Eu repeti pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas. Então reparei, maravilhada, como ela ia escrevendo, com tinta preta, no questionário oficial.
     - Posso perguntar - disse-me ela com novo interesse - o que faz exatamente?
     - Calmamente, sem qualquer traço de agitação na voz, ouvi-me responder:
    - Desenvolvo um programa de longo prazo (qualquer mãe faz isso), em laboratório e no campo experimental (normalmente eu teria dito dentro e fora de casa). Sou responsável por uma equipe (minha família) e já recebi quatro projetos (todas meninas). Trabalho em regime de dedicação exclusiva (alguma mulher discorda?). O grau de exigência é em nível de 14 horas por dia (para não dizer 24).
     Houve um crescente tom de respeito na voz da funcionária, que acabou de preencher o formulário, levantou-se, e pessoalmente abriu-me a porta.
     Quando cheguei em casa, com o título da minha carreira erguido, fui recebida pela minha equipe: uma com 13 anos, outra com 7 e outra com 3 anos. Do andar de cima, pude ouvir meu novo experimento – um bebê de seis meses – testando uma nova tonalidade de voz. Senti-me triunfante!
     Maternidade…  que carreira gloriosa!
   Assim, as avós deviam ser chamadas doutora-sênior em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas, as bisavós doutora-executiva-sênior em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas e as tias doutora-assistente.
     Uma homenagem carinhosa a todas as mulheres, mães, esposas, amigas, companheiras, doutoras na arte de fazer a vida melhor.


Texto: autoria desconhecida
Edição: Marília Pedroza