segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Cumprindo promessa

Oi, gente.

No dia 29 de setembro fiz uma promessa: "A Espanha está passando por uma crise (explicações sobre a crise nos próximos posts, quando eu tiver tempo pra pesquisar e dar a notícia direito =D )."

Eis que para explicá-la trago o link pra uma notícia que saiu na coluna de Fernando Canzian, na Folha.com, em 22/11/2010. A matéria está de parabéns pelo conteúdo interativo e pela parte escrita. Tá grandinho, mas vale a pena.

O que pensei depois que li a notícia: 

- A causa da crise é o endividamento e ela vai se resolver quando os países e as famílias quitarem suas dívidas? Nunca imaginei que isso geraria uma crise em nível mundial! Por outro lado, penso que se eu não contrair dívidas, já é alguma coisa. É a velha historinha do colibri que pretendia apagar o incêndio levando água no bico. Se cada um fizer a sua parte a coisa funciona.

- Lembrei de um Gloro Rural sobre a Suíça que assisti há alguns anos. Infelizmente não encontrei o link no site deles pra compartilhar com vocês. Numa das reportagens a família de agricultores entrevistada contou que sempre busca juntar o máximo de dinheiro possível pra pagar no débito, mesmo itens de valor mais alto, como era o caso na época, em que toda a família estava economizando para a compra de um trator (toda a família mesmo, inclusive os pequenos). Comprando no débito tem um grande desconto e o produto sai mais barato. Vale a pena juntar, relatou o pai da família. Hoje, 2010, você não vê muitas notícias da crise relacionadas à Suiça.
Interessante, né?

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

LínguaS

Já é sabido que viajar na Europa é mais barato do que no Brasil. Por isso consegui acrescentar as cidades de Londres e Barcelona a minha bagagem. Sim, cidades lindas, movimentadas, cheias de histórias e um milhão de outras coisas sobre as quais escreverei futuramente. Futuramente, porque o assunto de hoje é língua.

O negócio é o seguinte: ou você aprende línguas estrangeiras ou você é um homem morto. Pode até ter boa vontade e querer ir pra frente, mas não vai conseguir ir muito longe. E inglês no mínimo, porque atualmente ele já é requisito básico. Painho dizia que 3 línguas é o diferencial (hoje ele me diz que são 5). E eu ingênua achava que só inglês dava de conta do recado. Comecei as aulas de espanhol pensando "não, eu vou ser jornalista, tenho que saber muitas línguas". Mas não somente eu tenho que saber muitas línguas. Veja bem o verbo, tenho. Presente do indicativo, tempo verbal que exprime o hoje, ações que sucedem no tempo que se fala, agora. Pois bem. Eu tenho que aprender, tu tens que aprender, (...), nós temos que aprender. 

Em Londres, só inglês. Idioma oficial deles mesmo. Aeroporto, placas na cidade, informativos nos museus, gente falando nas ruas, tudo inglês. Mas me chamou a atenção o francês. No cartão que tive que preencher pra entregar na alfândega, o primeiro idioma era o inglês, o segundo era o francês e o terceiro... so sorry, devia ser alemão. Ainda não sei alemão pra reconhecê-lo com tanta facilidade. Que seja. No albergue onde fiquei você se comunicava bem em inglês ou em francês. Alguns funcionários falavam até melhor francês do que inglês.

Em Barcelona, conversei com um japonês. Em que língua? Inglês. No ônibus, um passangeiro entrou e confirmou o itinerário com uma pergunta em inglês. O motorista respondeu no mesmo idioma. No albergue você ouvia trocentas línguas durante o café da manhã. Assisti a apresentação do violonista Manuel González no Palau Música Catalana (Palácio da Música Catalã, lindíssimo, por sinal). Do meu lado direito um grupo de pessoas mais velhas conversando ora em espanhol, ora em francês. Ao meu lado esquerdo duas jovens conversando ora em francês, ora em inglês. O violonista explicava em espanhol e em seguida em inglês. No passeio turístico com guia pra conhecer o Montjuic (Montanha dos judeus), explicações em inglês. Nos museus, textos em catalão, espanhol (castelhano) e inglês.

Praticamente todo mundo aqui fala a língua do seu país de origem, inglês e uma outra. Três aqui é normal. É como painho diz, diferencial são 5 idiomas, 6. Três é necessidade. É, meus caros, volto à conclusão que cheguei em postagens anteriores: estudemos!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

"Eu vou pra ver Mariana..."

Chorei vendo fotos hoje de tanta saudade! ;D Fiz um álbum no facebook com o título "echo de menos". Echar de menos é uma locução verbal que significa sentir a falta de alguém, ou seja, ter saudade. É que a palavra saudade só existe no dicionário brasileiro. Bem, na verdade descobri que existe no dicionário gallego também... gallego é uma mistura de portugês com espanhol mesmo! :P (...) "Saudade inté que assim é bom", já diz a música de Luiz Gonzaga. ;D (...) Palavras são poucas agora, poucas mesmo... logo pra mim, que adoro escrever. Que ironia!

Trechos do e-mail que escrevi pra minha irmã em seu aniversário. Hoje (hoje no horário do Brasil. Aqui já passou de meia noite).

Falando em Luiz Gonzaga e falando em Mariana (sim, minha querida), um pouquinho do Rei do Baião pra vocês. Depois o povo diz que num gosta de forró. É porque desconhece o forró autêntico, só escuta os genéricos, eletrônicos, metalizados... tão em moda. Pra quem gostar, tem outra dele pela qual tenho apreço considerável: Karolina com k, vixe, boa demais! Preste atenção na contagem de Seu Luiz... rss. Ah, tem uma introdução nesse vídeo... lamento, só achei essa versão. E aqui a música que citei no e-mail, Qui nem jiló.

Um abraço e até o próximo post!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Papo cabeça

No último post eu falei da zeladora e do frentista, pois hoje foi a vez do garçom. Tive uma hora de intervalo entre uma aula e outra, à tarde. Passei na cantina pra comprar um pirulito (vontade terrível de comer doce!), acabei ficando por ali. Perguntadeira como eu... e olha como o assunto começou: o que é que mais se vende aqui? (...) Porque eu reparei que tem muita coisa de chocolate... De fato, além dos chocolates propriamente ditos, tem donuts de chocolate, palmera com cobertura de chocolate (um salgado típico), um outro salgado com recheio de chocolate e mais umas duas variedades com a guloseima.

Pergunta vai, pergunta vem, falamos de política, economia, história, sistema de saúde, Brasil, situação espanhola diante da crise, televisão espanhola, discriminação. Como se diz no meu saudoso Ceará: Pense! Por um momento pensei "Vixe, o garçom tá sabendo mais do que eu sobre o meu próprio país! Tenho que ler mais". E é isso aí. O garçom! Por que ele sabe tanto? Ele mesmo respondeu: porque ele estudou. Simples assim meus caros. Porque ele estudou. Olhaí a fórmula do sucesso na nossa cara, só a gente sem querer enxergar.

Depois ele confessou que estava muito atualizado sobre o Brasil porque há algumas semanas teve que ajudar a filha de oito anos a fazer um trabalho escolar sobre esse País. Mas não deixou a desejar nos outros assuntos. Temas atuais, retomadas históricas pra explicar o presente. Ele está bem de argumentação, não estudou só pra passar de ano. E continua estudando pelos jornais. Bom, isso é uma dedução minha pelo grau de atualidade que reparei. Tem opinião formada, é crítico. Só fico pensando: será que o Brasil chega lá? É bom ver que os outros são iguais a mim, essa história que já falei que aqui todo mundo tem vez. Imagina quando eu conhecer os países que não estão sofrendo com a crise? (Vai ser motivo de novas postagens) Ah, como me encanta essa igualdade social.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Futuro da nação (só isso!)

Oi, pessoal.

Semana passada aconteceram duas coisas que me chamaram atenção:
1) Lanchei na loja de conveniência de um posto de gasolina e descobri que o frentista tem carro.
2) A zeladora chegou à cafeteria da faculdade, pediu um café, pegou o jornal, sentou-se e tomou sua bebida enquanto lia.

Fatos simples e que poderiam passar despercebidos. Mas não a mim. Gente, eu estou na Espanha mas eu venho do Brasil. Quando é, no Brasil, que o frentista ia ter carro? Quando é, no Brasil, que a servente ia sentar nas mesmas mesas que os alunos? Nunca! Pelo menos não nos tempos atuais. Porém mudanças são sempre bem-vindas. É fato que pode ser duro no começo, no entanto mudança sempre tem um lado bom. Um no mínimo.
Mas voltando pra servente... gente, achei o máximo ver aquela mulher fazer aquilo! O que eu tenho a mais que aquela servente não tem? Nadinha. Ela é gente como eu. Mas só na Europa. No Brasil, fazemos questão de deixar o preconceito bem claro e reforçar a exclusão: há locais reservados para os funcionários. Ok, isso é também uma questão de organização. Ótimo.

Vamos então a uma comparação mais palpável. Universidade de Fortaleza (Unifor) e Universidade de Santiago de Compostela (USC), realidades que conheço de perto. É como se a Val, por exemplo, a vendedora da Top's, pedisse um café pra tomar enquanto lê o jornal e se sentasse no CC (Centro de convivência, é a praça de alimentação da Unifor) pra fazer isso. Primeiro que na Unifor não tem jornal em nenhuma das lanchonetes. Só o Jornal do Campus (que é interno), mas de 15 em 15 dias, conforme a periodicidade dele. Bom, isso é um costume daqui também, ter os jornais nas cafeterias. Mas voltando pra servente...

Eu gosto muito da Unifor, tem uma estrutura imensa, várias vezes vi os funcionários conversando nos banquinhos. Mas é que aqui, eles sentam onde a gente senta, cara! E isso é surreal e era pra ser assim em todos os lugares porque todos somos iguais. Comentei isso com um amigo brasileiro que já mora aqui a mais tempo e ele acrescentou: "E você pode sentar lá pra conversar sobre política com ela que ela vai conversar. E é feliz com a profissão que tem. Não quer mudar não".

É um padrão de vida diferente. É um modo de viver que valoriza cada pessoa. Você limpa os cômodos da faculdade?, pois você é igual a mim e faz o seu trabalho e tem os mesmos direitos que eu. Você não é menor ou pior do que eu. É igual. É por isso que comer fora é tão caro. Não só comer fora, mas tudo que leva o serviço, a mão de obra humana. Porque essa mão de obra é valorizada. Daí o consumidor tem que pagar por esse comodismo de ter alguém pra fazer por você.

Ai, gente, desculpa. Eu até tento fazer postes pequenos. Mas não dá! Eu quero escrever pra vocês verem como é aqui porque eu desejo muito que seja assim também no Brasil. E nós somos o futuro da nação. Aprendi isso com meu professor de história da 6ª série, Marcus Ponte. Nós somos o futuro da nação. Parece conversa fiada mas não é nem de longe! Nós somos o futuro da nação. Nós, que estamos estudando agora e seremos as autoridades do futuro. O chefe do hospital, o deputado, a promotora, o editor chefe, a executiva, o dono da fábrica, a professora. É, somos nós MESMO. E aí, que é que você tá fazendo pro futuro da nação? Tá estudando pelo menos, pra ser um profissional de vergonha, de respeito? Medíocres têm aos montes. Mas os que fazem a diferença, esses são poucos. Porém são os que põem pra frente, os que arriscam, os que trazem as mudanças, as inovações, os que não se deixam sucumbir...

Acabei nem falando do frentista. Mas vocês entenderam que a realidade aqui é diferente. Aqui cada um tem a sua vez. Por que não pode ser assim no Brasil? Eu vou fazer alguma coisa pra que a realidade mude. Eu vou fazer a diferença. E você? Essa situação nem te incomoda? Não é culpa sua, você foi criado assim, sem uma educação voltada pro coletivo. E não é algo que se mude da noite pro dia. Só te digo uma coisa: saia da sua zona de conforto individualista e trate de olhar pra quem está a sua volta. Você não é uma ilha. Tem gente passando fome do seu lado. Apelei? Exagerei? Tem servente deprimido com a merreca que ganha porque não sabe mais o que fazer pra não atrasar o aluguel do teu lado. E o que é que você tem a ver com isso? Você é o futuro da nação. Só isso.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Eleições no BR, sob a ótica de alguns jornais europeus

Rousseff, del Partido de los Trabajadores (PT) ha prometido "honrar" el trabajo de Lula, su mentor y su predecesor en el cargo, el presidente más popular de la historia de Brasil, el que ha conseguido colocarlo como octava potencia del mundo y sacar de la pobreza a millones de brasileños.
(El país, 31/10/10)


Rousseff se compromete a mantener el legado de Lula
(La Vanguardia, hoje)


Pays émergent doté de la huitième économie du monde, le Brésil reste aussi, par bien des aspects, une nation du tiers-monde. (...) En tout cas, Nicolas Sarkozy a été dimanche soir le premier chef d'Etat à féliciter "très chaleureusement" la nouvelle présidente en se réjouissant que la France et le Brésil soient des "partenaires privilégiés".
(Le monde, hoje)


Speaking after her historic election on Sunday night, Dilma Rousseff echoed US president Barack Obama's "Yes, we can" slogan, telling supporters: "Equal opportunities for men and women are an essential principle of democracy.
(The Guardian, hoje)



Em geral, há outras notícias sobre as eleições brasileiras, não somente uma falando do resultado. Nossa fama está bem por aqui. Oitava potência do mundo! Agora o Le Monde deu uma criticada na nossa educação. O título era "educação medíocre". Que bueno!, no? Não, nada de bom nisso. Mas já melhoramos bastante. Vamos aí com 4 anos rumo a mais melhoras!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Revolução!

/me empolgada

Esse /me só entende quem é dos tempos de irc, mirc, scoop e bate-papos afins. Hoje tive aula de Linguaje y guión multimedia (guión = roteiro), uma cadeira que me surpreendeu desde a primeira aula. Achava que ia ser besta e essas coisas, mas hoje penso que vai me acrescentar muitãozão. Adoro faculdade! Abre a cabeça! Gosto mesmo disso, gosto de estudar, ler, grifar e sublinhar, anotar, buscar palavras no dicionário. Na verdade, "estudar é um trabalho árduo", já dizia minha professora de português da oitava série, Tenente Saray (hoje já deve ser major... enfim). E concordo plenamente: estudar dá sono, cansa, às vezes é chato que só... mas saber... putz, saber é muito bom! E como eu quero saber muito e o melhor método que arranjei pra isso até agora foi estudar, acabei pegando gosto por isso também.

Daí hoje as aulas começaram de verdade, sem bla bla bla introdutório da disciplina (bla bla bla mas sei que é necessário), sem feriado nem imprensados. Aula de verdade, meu amigo! O curso de francês também começou hoje, aí estou superempolgada! Sei que vai ser uma misturazona de espanhol, português, francês e inglês (falo nesse último idioma com alguns intercambistas), mas estou aqui é pra estudar mesmo e adoro isso, então agora é dar o gás e terminar de descobrir "minha" biblioteca e "minha" faculdade. Porque a estrutura aqui deixa a minha querida Unifor no chinelo. Três andares pra cima e um pra baixo só na faculdade de Comunicação social. Aqui os alunos aprendem a manusear a câmera, filmam, editam vídeo, aprender a pilotar a mesa do operador de áudio, técnicas de iluminação. O aprendizado vai daí até disciplinas que puxam mais a consciência crítica (que eu adoro).

E a postagem não ia ser sobre isso, ia ser uma reflexão sobre como tudo mudou em 20 anos. Mas, já que não sou filha da pauta (essa só meus amigos jornalistas vão entender) e nada é engessado nesse blog, vamos lá. Como já escrevi um pouco e não quero cansá-los nem deixar a reflexão de lado, que ela seja breve.

Gente, vim acessar a internet pela primeira vez em 2002 pra conversar nos chats a que fiz menção lá em cima (mirc). Na época meu pai me ajudou a criar uma conta no zipmail, que ele também usava. E vale ressaltar que a World Wide Web tem "data de nascimento" registrada no mesmo ano em que nasci, 1989. E de lá pra cá mais mudanças vieram: aqueles bate-papos deram lugar ao MSN, veio o boom do google, as redes sociais e toda a revolução junto. E hoje temos mais e mais mudanças e numa velocidade cada vez mais rápida. E a geração atual não pode ignorar esses avanços, e sim adaptar-se a eles. Claro que isso não tem só aspectos positivos. Um ponto negativo que abre margem pra outra reflexão imensa é: muita informação jogada na web não implica em muito conhecimento. Só porque há muita informação disponível não significa que a sociedade esteja bem informada.

Mas repare na mudança: 21 anos atrás a web foi criada. Hoje, eu, por exemplo, já tenho duas contas de e-mail, incluindo MSN (já cheguei a quatro!), no skype, no twitter, no orkut e aqui no blogger. E brevemente uma no facebook, porque não quero ficar pra trás. E isso é pouco perante vários outros usuários. E pergunto: onde vamos parar? Parar não, porque acho dificílimo pararmos a essa altura do campeonato, mas onde vamos chegar? Para onde estamos indo com tantas contas eletrônicas e tantas redes sociais? Será que alguém sabe responder isso? Por enquanto eu também não sei e nesse momento quero jogar as perguntas pra vocês. Mas sei que vou me adaptar a toda essa revolução porque isso é história.

Outro devaneio meu é quando pessoas vêm me dizer que visitam a Europa (por exemplo) e se sentem "poxa, estou onde aconteceu a história, onde passou Napoleão Bonaparte, onde aconteceu isso e aquilo,...!". Certíssimo, a história passou por aí mesmo. Só que a história, essa mesminha aí dos livros de História, também é AGORA, po! Essa revolução da internet, da informação, do conhecimento. Globalização, neoliberalismo, marketing, crises em níveis globais, redes sociais... tudo isso também é história. É que ela ainda não foi contada nos livros de História, por enquanto só nos jornais. Jornais! Eu ajudo a escrever a história, cara! Isso é muito massa! E esse intercâmbio aqui tá abrindo minha cabeça mais ainda pras possiblidades de eu - como jornalista - escrever/contar a história. Cada dia adoro mais essa minha profissão! Empolgada demais!

Putz, ficou grandão! Desculpa, galera... tinha que escrever. E vocês, vocês que gostaram da mudança, da revolução e afins, vejam esse vídeo: The machine is Us/ing Us.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Trote no Brasil igual ao trote da Espanha

Hoje fui pra uma lado da cidade que ainda não tinha ido: Campus Sur. É uma outra área da Universidade, que fica até mais perto de onde moro. Fá ficam as faculdades de Direito, Farmácia, Psicologia, o Estádio de Atletismo, dentre outros pontos. Mas o que chamou mesmo a atenção foi uma menina suja de ovo na cabeça e no ombro me pedindo 1 euro. E ainda disse que 1 euro era pouquíssimo diante do que ela tinha que conseguir. Na volta pra casa reparei no chão com vários vestígios de ovo e descobri que os preparativos pro trote começaram cedo. O mais intrigante é que as aulas começaram a tempos... as começaram mais tarde, começaram semana passada. Vai entender...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Pense nisso

Recebi um e-mail semana passada refletindo sobre as eleições que ora ocorreram no Brasil. É legal ver besteira no youtube, é legal perder trinta minutos na internet atrás de uma música que ouvi um trechinho num sei aonde e conseguir baixá-la, são legais outras coisinhas mais ou menos fúteis que não agregam muita coisa. Mas também é superlegal receber e-mails desse tipo, refletindo sobre a situação da nossa realidade. Ao final, vinha a seguinte frase:

"Nossa preocupação não deveria ser, apenas, em deixar um mundo melhor para nossos filhos, mas também em criar filhos melhores para o nosso mundo!"

Viver intensamente é bom. Viver cada dia como se fosse o último é muito bom. Não desperdiçar nada, aproveitar cada oportunidade, putz, bom demais! Mas isso não siginifica que você deva ir vivendo, vivendo, deixando as coisas acontecer e só. O acaso e as surpresas da vida fazem diferença no dia-a-dia. Sim. Mas o planejamento... Olha, eu digo logo que eu sou fã de planejar, de programar aquele fim de semana irado, chamar todo mundo. Dividir as tarefas que tenho pra cumprir pra que dê tempo pro negócio e pro ócio também. Afinal, ninguém é de ferro. Então, eu vivo o presente. Mas gosto de pensar no futuro. Um ano atrás eu não imaginava que dali a um ano eu estaria onde estou. Espanha, po! Mais de 4000km do meu endereço fixo pra cá. E só deu certo porque planejei. A viagem pra Vigo, que relatei no último post, teria sido melhor se tivesse sido melhor planejada. Foi boa, sim. Isso é inegável. Mas poderia ter vaido bem mais. Como criar filhos melhores é também um planejamento. E um desafio, considerando o hoje. Queria estar viva daqui a cem anos pra ver como estará o mundo. Ainda mais depois que vi esse vídeo, dica do meu cuncunhado. E sobre planejamento, tem um vídeo que já vi faz tempo, mas que acho bastante interessante. Espero que vocês também gostem e até a próxima!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Primeira viagem: Vigo

Depois que a gente chega a Europa tudo fica mais fácil. Mais fácil no sentido de que daqui pra Porto é um pulo, daqui pra Barcelona é outro pulo... É fácil comprar passagens de trem ou mesmo de avião. É fácil chegar ao destino desejado, passear, conhecer, comprar e retornar. O ditado está mais que correto “quem tem boca vai a Roma”. Assim fui a Vigo e a La Coruña, cidades da Galícia. E como sempre tem alguma coisa interessante ou bizarra nas viagens, vou tentar sempre postar sobre elas no blog. Mesmo essa pra Vigo, que foi em 19/setembro. Rss. Tá um pouquinho desatualizada, mas quero registrar mesmo assim. Então, vamos a Vigo!

Destino de hoje: Vigo
Província: La Coruña
País: Espanha
Período da viagem: 19/set/2010 (domingo)
Distância: 71 km desde Santiago de Compostela
Passagem de trem Santiago - Vigo: 7,45 euros
Duração:1h 49min
Passagem de trem Vigo - Santiago: 8,90
Duração: 1h 17 min (mais caro e mais rápido porque fez menos paradas)

Passageiros:


Vigo, costumeiramente conhecida por meus amigos fortalezenses por uma referência unânime: Celta de Vigo, o time de futebol. De fato, o esporte majoritário por lá é o mesmo dos brasileiros. Maaaas no dia em que fomos à cidade o que estava na ponta da língua era outro assunto. A segunda corrida Autos locos, promovida pelo Red Bull. É uma corrida nacional não motorizada que desafia a criatividade dos participantes, sejam veteranos ou amadores. Já que não há motor, a pista é numa ladeira. E dentre as regras estabelecidas estão o tamanho do carro, a quantidade de passageiros e, claro, a criativade! Quanto mais extravagante e irreverente for o veículo, mais chances na disputa. Ao lado e abaixo fotos de uma das três equipes vencedoras: Mortadelo e Filemón, de Albacete. A corrida não tinha terminado quando decidimos dar uma volta pela cidade. Lição pras próximas viagens: não fazer viagens de um dia somente, quando esse um dia for um domingo. Principalmente quando for uma cidade menor, e não uma capital. Por quê? Porque tava tudo fechado! Até encontrar um restaurante pra almoçar foi difícil, porque os que estavam abertos era pontos voltados pra turistas e não pra estudantes. Traduzindo: eram caros! Nossa salvação foi o shopping, que estava aberto mesmo no domingo. Acabamos almoçando num fast food! x) Depois de constatar definitivamente que tinha alguns restaurantes abertos e só, nos contentamos em dar uma volta pela orla e pelo Centro histórico. Interessante que encontramos aí uma feira ao livre com óculos escuros, cachecois e outros itens imitando produtos de grife, como bolsas Louis Vuitton.


Sim, a cidade é bonita, cheia de jardins, parques, áreas públicas conservadas, mamães andando com seus bebês muito tranquilamente nos carrinhos deles... Europa! Ainda vou dedicar um post (no mínimo um) só pra essas reflexões de caráter mais social. Uma pena não termos planejado mais esta viagem. Bom, pra encerrar, uma das fotos que vou revelar, porque vou dar um jeito de registrar esse intercâmbio em papel. Fica o registro do blog, que também é válido, por supuesto. Mas estou matutanto como vai ser o álbum de recordação, porque já decidi que será impresso, palpável.


Pra quem gostou da cidade, achei um site com muitas fotos. E pra quem se interessou pela corrida, achei outra página legal.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Huelga general!

Hola!

Gente, postagem rápida aqui pra descrever com brevidade um fato que aconteceu hoje:
29 S, la huelga general.
Foi um dia de protesto contra uma reforma laboral. Sim, isso merece explicações. A Espanha está passando por uma crise (explicações sobre a crise nos próximos posts, quando eu tiver tempo pra pesquisar e dar a notícia direito =D ). E uma das medidas pra acabar com a crise é uma reforma laboral que tira vários direitos dos trabalhadores. Só que tira direitos, então é freud!

Por isso a Galícia (província da qual Santiago de Compostela é capital) não concorda com a reforma. Daí combinou-se um protesto contra ela, que foi uma folga geral, como eles denominaram. Um dia em que praticamente tudo fechou e ninguém trabalhou. Uma passeata se formou e seguiu pela Praça Roja (foto), Praça Galícia e Alameda (pontos centrais e bem conhecidos aqui), com direito a bandeiras, panfletos, batuque e muitos seguidores.

O pessoal aqui é ativo mesmo. Nada de ficar parado e acatar todos os decretos do governo.

Estávamos eu e minhas companheiras de apartamento numa livraria (um dos pouquíssimos estabelecimentos abertos) comprando um jornal pra entender o que tava acontecendo. Quando um cara grita lá de fora: apaga a luz! Apaga, apaga! É porque a passeata tava passando em frente à loja dele. Daí ele fechou/baixou a persiana e apagou as luzes pra parecer que estava fechado e evitar que os protestantes tivessem alguma reação violenta contra ele, que teimou em abrir a livraria justo hoje! Agora imagina a gente lá dentro, sem entender nada do que se passava lá fora, sem saber se era perigoso ou não. Aventurazona!

Fiz questão de fazer fotos pra postar essa aqui no blog! Sei que foi interessante. Emocionante, pra falar a verdade. A gente dentro da história! =D E tudo organizado, viu. A polícia estava sempre por perto da multidão pra conter qualquer reação agressiva. Mas foi só precaução. Pelo menos o tempo em que estive junto não houve nada. A última foto foi tirada do meu apartamento, que fica no sexto andar. Vejam a quantidade de pessoas militando! De impressionar! Mais informações, busquem os sites dos melhores periódicos locais (segundo o dono da livraria): La voz gallega e El correo gallego.
Hasta luego!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Dando notícias

Gente, tá difícil postar. =( Queria postar e atender a todos os pedidos de vocês e aos meus desejos de escrever mesmo. Mas estou sem internet. Por hora, só dar algumas notícias. Aluguei apartamento com duas universitárias brasileiras. Já fizemos a feira de panelas e umas poucas coisas pra casa. Hoje foi o primeiro almoço EM casa. Casa, casa não é... maaas, a gente chama de casa.

Hoje fomos à polícia pedir o prolongamento do visto. Ele expira em três meses, mas vamos ficar por um ano. Então temos que ir à extranjería, que fica na polícia. Galera, saímos de casa no escuro hoje! 6:40. Sim, aqui isso é bem cedo. Ressalto o BEM cedo. Só amanhece depois das 8h, o expediente começa 9h, às vezes 10h. É bem diferente do Brasil e não é mole pra se acostumar com esse horário atrasado. Mas voltando ao assunto... mesmo cedo, já tinha 8 pessoas na nossa frente na fila. E era uma fila pra pegar uma senha. Pra agravar tudo a polícia só ia abrir às 9h. E pra piorar de vez, frio. 15º. Não, não é tão frio assim. Mas com a forte umidade de Santiago de Compostela e o vento, a sensação é outra. Resultado: 3 blusas + calça jeans + calça de malha por baixo + tênis e meia + LENÇOL! Achei que não fosse usá-lo, que era precaução em excesso... me enganei. E como não gosto de passar frio, me enrolei mesmo, sentada no chão, na fila, esperando que a polícia abrisse.
4h depois conseguimos sair dali com o número do NIE (número de identificação de estrangeiros, vale como a nossa identidade aqui na Europa). Mas só o número, o cartão bonitinho mesmo só vamos ter daqui a um mês.

No mais, vamos nos arranjando. Espero, em curto prazo, atender aos pedidos dos meus leitores e amigos e, principalmente, colocar as desejadas fotos! ;D Sem net em casa é difícil, mas mesmo assim dou um jeito e venho postar pra vocês! ;)

Beijos, abraços e sorrisos!

p.s: putz, escrevi muitos "mesmo(s)". Desculpa aí, gente. Só corrigi os erros de digitação. Deixo a revisão mais apurada e a não repetição dos mesmos pra quando eu tiver net em casa.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Diretamente da Europa

Oi, gente. Cheguei hoje à Santiago de Compostela. Quantas novidades, quantas coisas pra contar. Quase não termino o e-mail dando notícias pra minha família. Essa internet, ô invençãozinha boa, viu! Vontade de escrever muito mesmo. Mas vou tentar colocar hoje só algumas curiosidades pra deixar vocês com gostinho de quero mais. =)

CLIMA:
Friozinho gostoso. Mínima de 10 e máxima de 23ºC pra hoje. Como vou passar um ano aqui, pegarei todas as estações.

ESTRADAS:
Putz, sinalização massa! Peguei 3h de ônibus pra chegar até aqui. Tudo explicadinho, direções, distâncias, muitas placas, placas grandes. 100km/hora, pistas duplicadas, com não-sei-quantas faixas. As giratórias/rotatórias funcionam mesmo! O trânsito flui! Não se parece nenhum pouco com aquelas rotatórias da BR-116 saindo de Fortaleza. Ou com aquela giratória da Av. Aguanambi logo depois Av. 13 de Maio, que até semáforo tem!

HORÁRIOS:
Aqui é tudo mais tarde. Pessoal acorda mais tarde e tudo para de 14 às 16h para a ciesta. Só ficam abertos supermercados e restaurantes. O almoço vai de 13h às 16h e o jantar começa a partir das 21:30. O sol se põe depois das 8h da noite! É bem diferente!

HOSPEDAGEM:
Por enquanto estou num hostal. É como um albergue, em que você aluga uma cama. Dei sorte de alugar um quarto com três camas para dividir com duas meninas conhecidas. Só tem banheiro, prateleiras e guarda-roupa. E calefação, mas só nos meses de inverno. Café da manhã? Te vira! Frigobar? Am-am. Televisão? Não funciona! Internet wireless?! Thanks God!!

FUSO HORÁRIO:
Portugal: 4h a mais do que no Brasil. Espanha: 5h a mais em relação ao Brasil.

LÍNGUA:
Eles falam bem rápido, fato! E muitas vezes a gente não entende nada, fato! Mas é fácil e só uma questão de prática. É só começar devagar. Fato! E o ditado vale: "quem tem boca, vai a Roma".

ESPANHOIS (primeira impressão):
Solícitos em ajudar com as dúvidas de quem acabou de chegar.


SERVIÇO (em euros):
3,90 Salgado no aeroporto de Porto (Portugal)
1,90 Água de 500ml numa cafeteria
0,51 Água de 1,5l no supermercado

sábado, 4 de setembro de 2010

Diretamente de Caxias do Sul

Olá, olá!

Hoje posto de Caxias do Sul, no Rio Grande de Sul, a 136km de Porto Alegre (achei um mapa legal aqui). No dia 2 de setembro começou o congresso nacional de comunicação organizado pela INTERCOM (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares em Comunicação). É um dos mais importantes congressos do Brasil nessa área. Pra quem se interessar, clique no link a seguir pra ver a página do evento, que vai até o dia 6 de setembro: congresso nacional.

Amanhã é a minha vez de apresentar trabalho na EXPOCOM (Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação). Por isso, torçam por mim! =D

Agora, saindo do assunto congresso, queria falar da cidade. Meu Deus, o povo aqui fuma demais! =X Ontem fui pra uma boate, ambiente muito legal, música... bom, boate... só música eletrônica e UM MONTE de gente fumando. Homem, mulher, no 1º andar, no 2º andar. Nem existe uma área reservada pra eles. Quem sofre somos nós outros que não fumamos com aquele cheiro maravilhoso que fica em nossas roupas e nossos cabelos. E pra mim que tenho rinite, o negócio só melhora! :P

Mas eu pensei "Ah, é uma festa, muitos jovens, muita gente do congresso, gente de todo lugar do Brasil...". Que nada! Dei uma voltinha rápida pelo Centro hoje à tarde e de novo! Vez ou outra eu via alguém com um cigarro na mão ou só sentia aquele cheirinho. Urgh!

E gente, pra sair pra almoçar e dar essa voltinha, vesti 2 calças, 4 blusas, tênis com meia e ainda coloquei um par de luvas! E se eu tivesse um 3º terceiro casaco pra colocar por cima dos dois que estou usando, eu ainda colocaria. Peeeeense num frio! Estou aqui escrevendo de luvas. Tentei tirar mas... mudei de ideia. Daí quando chego aqui que vou olhar o site da Folha de São Paulo: mínima de 8ºC e máxima de 18ºC em Caxias hoje! E previsão é que amanhã seja mais frio. Deus me ajude a levantar pra apresentar o trabalho.

E ainda tem um agravante: aqui é serra. Sim, as Serras Gaúchas, com as conhecidas cidades Gramado e Canela (que ficam a uns 70km daqui). Daí Caxias do Sul sofre influência do clima serrano. Consequência: chuva e vento! Consequência posteior: sensação térmica menor ainda que a temperatura real! Huhuhuhu. Mas é isso aí. Prefiro frio ao calor. E sair dos costumeiros 28ºC de Fortaleza pra pegar mais calor, ninguém merece!

No mais, é isso.
Até segunda-feira, Terra da Luz!

p.s.: não tenho nada contra com quem fuma. Apenas eu não fumo nem gosto do cheiro da fumaça. Mas se você gosta dessas coisas, então que seja feliz!


Serviço:
Garrafa de 500ml sem gás na boate R$3,50
1h de uso da internet na lan house R$3,00
Passagem de ônibus aqui dentro da cidade R$ 2,20

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Uma pitada de Santiago

Oi, gente.
Vou passar 1 ano em Santiago de Compostela, na Espanha, estudando jornalismo. Semana passada tirei uma noite pra pesquisar vídeos sobre Santiago e Galícia (pronvíncia da qual Santiago é capital) pra que eu chegue lá já sabendo um pouco da cultura e da história local.

Dos muitos vídeos que vi, um me agradou em especial. O link segue logo abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=xAH6QzPcWoM&feature=related
Ele foi feito por uma estudante de Varsóvia que passou um tempo em Santiago fazendo intercâmbio. Mesmo quem nunca teve aulas de espanhol pode compreender, pois ela fala devagar e a língua é parecida com o nosso português.

Negócio foi que, depois que assisti a esse vídeo, fiquei com vontade de fazer a mesma coisa. E até mais do que isso. Ainda mais porque o meu curso é jornalismo. Então até a ideia de um documentário me passou pela cabeça. Mas isso não está ao meu alcance (neste momento). Então, o que garanto a vocês é sempre postar notícias de lá. Uma cidade nova que conheci, um costume local que me chamou atenção, algo típico de lá, culinária, religisiodade, etc. E já estou começando de agora, contando desde os momentos antes da viagem. Mas não farei posts unicamente sobre o país estrangeiro. =) O Brasil e o meu Ceará também terão destaque.


Espero que gostem e que participem mandando sugestões dos temas que vocês querem saber. Na medida do possível também trarei fotos e vídeos.

Um abraço!

Pérola da eleição 2010

E olhem só essa que eu achei na home do El país hoje...

O link em vermelho é esse: http://www.youtube.com/2010camillo#p/u/56/WG-9z1CL6qk

Parece que nossa fama lá fora não está das melhores... =/


domingo, 8 de agosto de 2010

Dia dos pais

O que o filho pensa do pai...

Aos 7 anos:
"Papai é sábio, sabe tudo."

Aos 12 anos:
"Parece que papai se engana em certas coisas que diz."

Aos 20 anos:
"Papai está um pouco atrasado em suas teorias."

Aos 25 anos:
"O 'velho' não sabe nada... Está caducando, decididamente..."

Aos 35 anos:
"Com minha experiência, meu pai nesta idade seria um milionário."

Aos 45 anos:
"Não sei se consulto o 'velho' sobre este assunto... Talvez ele pudesse me aconselhar."

Aos 55 anos:
"Que pena ter morrido o 'velho'. A verdade é que tinha umas ideias e uma clarividência notáveis."

Aos 60 anos:
"Pobre papai... Era um sábio... Como lastimo tê-lo compreendido tão tarde."
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Esse texto não é meu, mas usei-o no e-mail que acabei de mandar pra painho em comemoração ao "dia dos pais". Aí deu vontade de compartilhar com vocês. Acrescento só uma coisa, tenho 21 anos e meu pai é um sábio. Rss. Morro de saudades dele. Vocês que moram com os pais, os abracem bastante, porque muitos queriam esse abraço de pai e não podem ter. Feliz dia dos pais pra vocês, que vocês homens sejam bons pais e que vocês mulheres tenham maridos que sejam bons pais pros filhos de vocês.

domingo, 25 de julho de 2010

Soneto a Marília

Conversando com um amigo poeta sobre o blog (há três dias), acabei ganhando uma poesia. ;D Então, vou colocá-la aqui com comentários do próprio autor. Espero que vocês também gostem.

SONETO A MARÍLIA

Palavras são sinais do coração

Cantadas pelas mais diversas bocas:

Da fraca língua com sua voz rouca,

Ao tatear do braile com as mãos.

Palavras, o recheio mais melódico

Lançadas de mil bocas de tenores.

Entre jornais, o anúncio de horrores.

Entre amantes, do amor um módico.

Palavras, um transporte valoroso

De idéias, sentimentos, sonhos lindos

Da alma alegre e da alma aflita.

Na voz se vão em dois segundos findos,

Mas no eterno tão maravilhoso

Se fundem quando brotam pela escrita.

(Felipe Nobre)

Previamente peço desculpas por quaisquer falhas. Mas como fiz na pressa, pra te presentear por causa do blog, espero poder contar com a compreensão da destinatária. Tendo em vista seu novo instrumento para escrever pensei um pouquinho sobre a utilidade das palavras na vida, os símbolos que elas são para servirem de pontes de comunicação.

Acho bonito o caráter de permanente e terno que as palavras tomam em livros por exemplo. Com essa tecnologia é possível apreender palavras entoadas em canções, por exemplo. E há o braile (como citado), que serve como signos. Mas ainda me inspirei no bom e velho livro como sinal de fonte duradoura de conhecimento e sua essência de palavra escrita.


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Adorei!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Pequenas ações

Era uma vez um menino.
Era uma vez uma menina.
O menino e a menina se conheceram na escola, no primeiro dia de aula. Ele tinha 10 anos, ela 9. Eles chegaram à sala, ele olhou pra ela, ela olhou pra ele... e ficou nisso. Mas no dia de fazer o primeiro trabalho em grupo, eles ficaram no mesmo grupo.
A partir daí começaram a se falar, o menino passou a frequentar a casa da menina, conheceu os pais dela e o problema deles. Ou melhor, dele. O pai da menina sofria com o alcoolismo. E ela sofria por tabela, porque quando bebia, o pai perdia certas noções que não deveria perder, como a noção do ridículo e a do bom senso. O menino, então, percebeu porque a menina era tão calada, tão quietinha. E quis ajudá-la. Mas o que fazer aos 10 anos com um pai alcoólatra que nem mesmo era o seu? O menino não sabia, ele não tinha que pensar em soluções, porque não tinha problemas como esse em sua família.
Então ele resolveu se aproximar mais da menina, pra que ela falasse e ele conhecesse o problema de perto. E quanto mais eles se aproximavam e quanto mais ela falava, mais ele percebia o sofrimento dela, e menos sabia o que fazer.
Nisso, chegou a semana santa e ele a chamou pra passar uma tarde na casa dele brincando com os primos e primas dele que chegariam do interior pra aproveitar o feriado na capital. Isso tudo pra tentar fazer com que ela se divertisse e saísse daquela quietude que a ele intrigava.
E ela foi. Sua mãe deixou com a condição de que voltasse pra casa cedo, logo que o sol sumisse do céu. E ela foi e conheceu os primos do menino e brincou de boneca com as primas dele e fez comidinha para todos e riu bastante quando o menino caiu sentado ao pisar numa bola deixada no chão. Ela se divertiu à beça! E o menino, de quebra, ficou muito feliz com isso.
Ele, que queria salvá-la daquela vida triste, mas não sabia o que fazer, já fazia muito, mesmo sem o saber.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Pra quebrar o gelo

Finalmente, meu blog! Espaço de experimentação pra testar layouts e designs diferentes, pra aprender a mexer nas ferramentas às quais eu tenho direito e pra brincar com as palavras. Por isso meu blog ainda não tem a minha cara, até que eu mexa e remexa nas configurações pra deixá-lo do jeito que eu quero. E como falei, vou brincar com as palavras aqui. Nem sempre seguirei as regras da minha querida língua portuguesa (querida mesmo, sem nenhuma ironia), nem sempre escreverei textos da mesma forma... um dia você vai encontrar uma história que eu inventei, noutro algo que se passou comigo, noutro uma notícia, noutro uma poesia, noutro uma novidade bem boa! ;D O negócio é experimentar. Por conta disso o blog pode ter uma cara nova a cada semana... mas é isso aí!

Hoje é dia de Marília!

p.s.: obrigada a todos as mocinhas e os mocinhos que me ajudaram a escolher o nome do blog!