domingo, 3 de agosto de 2014

Sertão, posso um dia sair de ti, mas tu nunca vai sair de mim

"Por ser de lá
Do sertão, lá do cerrado
Lá do interior do mato
Da caatinga e do roçado
Eu quase não saio
Eu quase não tenho amigo
Eu quase que não consigo
Ficar na cidade sem viver contrariado"
(Dominguinhos)



Ô Dominguinhos certeiro! Eu também, Dominguinhos, quase que não consigo ficar na cidade sem viver contrariada. A vida urbana da cidade grande tem suas vantagens, mas a vida sertaneja também. O céu estrelado que na capital não tem igual, as orquestras diárias de coachar de sapos, de cantos de passarinhos, cocoricós de galos e relinchar de jumento. Eu tenho um primo que já colocou o relincho de um jumento como o toque do celular. Num é amor demais por esse sertão? Quando o telefone tovaca, todo mundo que ouvia ria. Porque sertão é isso, sertão é felicidade, é vida simples, é gente humilde que dá até o que não tem pra receber, com a maior alegria, cada nova visita. Seja da família ou não. Basta um "Ô, de casa" que o "Ô, de fora" é respondido de coração aberto e com toda a franqueza do sertanejo.

Sertão, posso um dia sair de ti, mas tu nunca vai sair de mim.