segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

LínguaS

Já é sabido que viajar na Europa é mais barato do que no Brasil. Por isso consegui acrescentar as cidades de Londres e Barcelona a minha bagagem. Sim, cidades lindas, movimentadas, cheias de histórias e um milhão de outras coisas sobre as quais escreverei futuramente. Futuramente, porque o assunto de hoje é língua.

O negócio é o seguinte: ou você aprende línguas estrangeiras ou você é um homem morto. Pode até ter boa vontade e querer ir pra frente, mas não vai conseguir ir muito longe. E inglês no mínimo, porque atualmente ele já é requisito básico. Painho dizia que 3 línguas é o diferencial (hoje ele me diz que são 5). E eu ingênua achava que só inglês dava de conta do recado. Comecei as aulas de espanhol pensando "não, eu vou ser jornalista, tenho que saber muitas línguas". Mas não somente eu tenho que saber muitas línguas. Veja bem o verbo, tenho. Presente do indicativo, tempo verbal que exprime o hoje, ações que sucedem no tempo que se fala, agora. Pois bem. Eu tenho que aprender, tu tens que aprender, (...), nós temos que aprender. 

Em Londres, só inglês. Idioma oficial deles mesmo. Aeroporto, placas na cidade, informativos nos museus, gente falando nas ruas, tudo inglês. Mas me chamou a atenção o francês. No cartão que tive que preencher pra entregar na alfândega, o primeiro idioma era o inglês, o segundo era o francês e o terceiro... so sorry, devia ser alemão. Ainda não sei alemão pra reconhecê-lo com tanta facilidade. Que seja. No albergue onde fiquei você se comunicava bem em inglês ou em francês. Alguns funcionários falavam até melhor francês do que inglês.

Em Barcelona, conversei com um japonês. Em que língua? Inglês. No ônibus, um passangeiro entrou e confirmou o itinerário com uma pergunta em inglês. O motorista respondeu no mesmo idioma. No albergue você ouvia trocentas línguas durante o café da manhã. Assisti a apresentação do violonista Manuel González no Palau Música Catalana (Palácio da Música Catalã, lindíssimo, por sinal). Do meu lado direito um grupo de pessoas mais velhas conversando ora em espanhol, ora em francês. Ao meu lado esquerdo duas jovens conversando ora em francês, ora em inglês. O violonista explicava em espanhol e em seguida em inglês. No passeio turístico com guia pra conhecer o Montjuic (Montanha dos judeus), explicações em inglês. Nos museus, textos em catalão, espanhol (castelhano) e inglês.

Praticamente todo mundo aqui fala a língua do seu país de origem, inglês e uma outra. Três aqui é normal. É como painho diz, diferencial são 5 idiomas, 6. Três é necessidade. É, meus caros, volto à conclusão que cheguei em postagens anteriores: estudemos!

Um comentário:

  1. é marília, você disse tudo... estudemos...

    eu me virei muito bem com inglês, passando por 10 países diferentes... cada um com seu sotaque e dificuldade, mas é esse tipo de coisa q aumenta a magia dessas viagens =)

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